domingo, 30 de dezembro de 2007
Brincar na praia
É o ano
que finda...
É um ciclo que se encerra...
O Sol que se põe...
e nos resta aproveitar nosso tempo...
brincar na água... fazer buracos na areia...
Que logo se enchem d"água e se vão.
E esperar... Que se reinicie tudo novamente...
Para que continuemos a brincar...
Pois este é o barato da vida!!!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Nada de dar férias à civilidade!
Hoje acordei e tive uma surpresa desagradável... a minha Maricota de cerâmica que, tão alegremente, recebia os visitantes no portão do meu ateliê estava quebrada... Ontem, voltando do mercado a pé, curtindo o prazer de morar num lugar como Porto Belo... recebo, de presente, uma lata de cerveja nos pés... vinda do carrão, do gatão ... bonitão... de férias...
Na hora me dá vontade de escrever e falar destas coisas... deste espírito - não vou ofender nenhum animal, eles não merecem- que esculhamba a humanidade. Não adianta acharmos que o político safado, o administrador corrupto, o empresário que polue são os culpados... eles, talvez, tenham dado férias às boas maneiras... e tudo podem .... ou tenham bebido - " tavam legal" - e tudo podem... Oh... espírito humano...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Que venha 2008...
"amores meus ... minha esperança... num futuro cada dia mais feliz..."
Sem muita inspiração para escrever, tenho lido e relido muitas coisas, que serão compartilhadas aqui. Que venha 2008!
Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mario Quintana
Sem muita inspiração para escrever, tenho lido e relido muitas coisas, que serão compartilhadas aqui. Que venha 2008!
domingo, 23 de dezembro de 2007
Cartão de Natal
Pois que reinaugurando essa criança
Pois que reinaugurando essa criança
pensam os homens reinaugurar a sua vida
e começar novo caderno,
fresco como o pão do dia;
pois que nestes dias a aventura
parece em ponto de vôo, e parece
que vão enfim poder
explodir suas sementes:
que desta vez não perca esse caderno
que desta vez não perca esse caderno
sua atração núbil para o dente;
que o entusiasmo conserve vivas suas molas,
e possa enfim o ferro
comer a ferrugem
o sim comer o não.
Texto extraído do livro "João Cabral de Melo Neto - Obra Completa", Editora Nova Aguilar, 1994, pág
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Não me lembro o lugar... mas estávamos lá...
Algumas pessoas, simplesmente, fazem parte da nossa vida... nem sabemos dizer o porquê... são nossos companheiros na busca dos nossos ideais. Sempre que, como hoje, chego em casa cansada, pois andava "batendo os costados" - como se diz na minha terra - organizando grupo, registrando fragmentos da cultura, gravando, fotografando, ensaiando, levando argila, buscando peças... organizando exposições... esse mundo de quem trabalha com pessoas e a cultura popular. Esse, que nos oferece café preto com pão de cenoura, num final de tarde... ou consertada no cair da noite... esse abre suas casas e nos conta suas histórias. Pois bem, sempre que ando nele... se não estou com ela... lembro desta amiga aí... A Rô do Engenho... Os grupos, ela coordena, mas os estandartes, são obra minha. E assim vamos indo, duas amigas que amam cultura popular...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Então é Natal. E, novamente, falo nele... É que nesta época proliferam as campanhas... "Natal deste, daquele, das crianças carentes... necessitadas... abandonadas..."
Não sei se me alegro ou me entristeço. Elas tornam ainda mais a clara a enorme distância entre o Natal da criança que escolhe, da que ganha...
Estas crianças estão aí, na nossa frente... costas ... lados... durante 365 dias no ano. Elas não surgem no Natal para que possamos lavar nossa alma com a "caridade". Elas são carentes... abandonadas... necessitadas o ano todo.
Portanto, neste Natal, façamos campanha... brinquedos, roupas.... chocolates... sempre é bom. Mas façamos uma campanha "especial": A de que não esqueceremos destas crianças e suas necessidades o ano todo.
"Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos."
Affonso Romano de Sant'Anna
Neste final de semana, minha caçulinha terminou sua vida escolar... Formatura do Ensino Médio...
Parece que foi no final de semana passado que ela encerrou o ano letivo dançando a música do pintinho amarelinho.
Inclusive, vestida de pintinho...
Ou dançando a Maria Chiquinha, não... não foi ontem.
E assim, caminhando com passos firme, dos quais às vezes me espanto... segue a minha menina mulher.
Filha-mãe...
Quando achei que ela ia se entregar à melancolia do "agora não posso mais"...
Botou sua loirinha debaixo do braço e foi à luta...
Estudando, trabalhando, saindo... rindo... ficando, namorando.
Também, brigando, resmungando... mas sempre andando.
Essa é minha menina!
"Olhos abertos, o longe é perto.
O que vale é sonho..."
(Mário Barbará)
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Muito obrigada a todos os palhaços...
Ahhh... coisa boa rir....
Para refletir sobre o profissional trabalhador PALHAÇO.
Viva o Dia do PALHAÇO!
VIDA DE PALHAÇO
Imagine...
Um dia num Circo.
Num circulo.
Imagine na lona, no picadeiro brilha.
Atrás das cortinas poucos reconhecem teu valor.
Imagine...
Trabalha, dedica-se incansavelmente
Insiste, busca Ser, sem valorizar o Ter.
Imagine...
Equilibrando-se num fio de esperança
Circulando sem saber pra aonde ir
Voa sem ter aonde pousar
Sorrindo sem motivo de sorrir
Brilha sem ter quem ofuscar.
Imagine iludir a si mesmo, Sem segredo
Sem pintura, sem fantasia sem cores. Vida gris.
Só imagine, porque viver a vida de palhaço e muito digna pra ser real.
Depois volte para a sua realidade e viva a vida em plenitude.
Saia do sonho que tanto me fantasia.
Busquei, procurei outras vidas, mas vivo na fantasia.
Descobri que tenho medo da realidade das pessoas
Que tanto me ofendem e me descriminam.
Usa-me como símbolo de ridículo nas passeatas de protestos dos profissionais intelectuais
Sou pessoa, sou humano, sou palhaço sim senhor.
Palhaço Zé Badalo (Ruy Rayol)
10 de dezembro - Dia do Palhaço
Para refletir sobre o profissional trabalhador PALHAÇO.
Viva o Dia do PALHAÇO!
VIDA DE PALHAÇO
Imagine...
Um dia num Circo.
Num circulo.
Imagine na lona, no picadeiro brilha.
Atrás das cortinas poucos reconhecem teu valor.
Imagine...
Trabalha, dedica-se incansavelmente
Insiste, busca Ser, sem valorizar o Ter.
Imagine...
Equilibrando-se num fio de esperança
Circulando sem saber pra aonde ir
Voa sem ter aonde pousar
Sorrindo sem motivo de sorrir
Brilha sem ter quem ofuscar.
Imagine iludir a si mesmo, Sem segredo
Sem pintura, sem fantasia sem cores. Vida gris.
Só imagine, porque viver a vida de palhaço e muito digna pra ser real.
Depois volte para a sua realidade e viva a vida em plenitude.
Saia do sonho que tanto me fantasia.
Busquei, procurei outras vidas, mas vivo na fantasia.
Descobri que tenho medo da realidade das pessoas
Que tanto me ofendem e me descriminam.
Usa-me como símbolo de ridículo nas passeatas de protestos dos profissionais intelectuais
Sou pessoa, sou humano, sou palhaço sim senhor.
Palhaço Zé Badalo (Ruy Rayol)
10 de dezembro - Dia do Palhaço
domingo, 9 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Sensacional
Hoje, ao ler o jornal me deparei com uma notícia sensacional, afora tudo que havia de negativo- por que, sinceramente, não acredito que só aconteçam coisas ruins, mas parece que só estas vão para as páginas dos jornais - mas, hoje... li algo muito bom. Numa pequena cidade no interior de Santa Catarina, um jovem (28 anos) o que é mais legal ainda, teve uma idéia genial. Uma biblioteca pública em plena rua: na frente de sua lojinha - não sei do quê e nem vem ao caso - uma estante, todos os dias pela manhã ele a abastece com livros que somente serão recolhidos no final da tarde e o seguinte letreiro: "PARA SUA LEITURA. LEVE UM LIVRO EMPRESTADO E SUA CONSCIÊNCIA DEVOLVERÁ EM 20 DIAS." O acervo só cresce, além das devoluções, muitas novas doações. Simples, num país onde o livro é artigo de luxo, essa idéia, por si só é puro "luxo, no sentido bom desta palavrinha". Adorei... fiquei louca para copiar...
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Chuva
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Então é Natal...
E surge dezembro... é Natal !?
Não sei, de uns tempos para cá não entro muito neste "espírito natalino".
Faltam sempre algumas pessoas... ou por que estão longe... ou por que mais longe ainda.
Mas falta alguém, algo... sem querer apelar para o chavão... mas o consumo toma conta.
As famílias não são mais estruturadas para estas festas de final de ano. São pais, mães e filhos afastados, sempre alguém sofre, por mais justa que pareça a situação. Não sei...
Antes ficava eufórica nesta época, enfeitava a casa... pinheiro, guirlandas... Hoje, não tenho mais esta vontade... Mas nunca deixo de montar o meu presépio... De lembrar que há um espírito por trás de tudo isto, desta avalanche de enfeites, luzes que "piscam- piscam", pacotes, listas de "amigos secretos, ocultos, invisíveis... às vezes, totalmente desconhecidos..., sem esquecer do pobre Papai Noel, suando "bicas" debaixo daquela "nórdica" roupa... européia... que desconhece o calor dos trópicos. Bom, mas somos tropicais, alegres e mestiços, portanto afora tudo isto, temos Ternos de Reis e um presépio na sala de casa... e a lembrança que uma criança nasceu naquele dia e que seja ela, sempre, a esperança de um mundo mais amoroso, mais pacífico, menos consumista, mais voltado para a natureza e as coisas simples da vida, como são, ou deveriam ser, todas as crianças... Então, é Natal !!
O presépio é meu e a foto, do André Balestra.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
O barro
toma forma
que você quiser...
você nem sabe
estar fazendo
apenas
o que o barro quer."
P. Leminski
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Trinta e dois anos sem Érico Veríssimo... se não erro na data e nas contas....
Na fazenda de meu pai, na minha "meninice", tinha uma cavalo Tordilho... velho, mas tão velho, que diziam que meu avô tinha aprendido a andar a cavalo nele...
Mas para mim... um alazão. Era nele que montada, andando em roda de casa, que nunca fui muito corajosa, me sentia Ana Terra... Mas dizem por aí que ter mãe e vó gaúcha significa ser personagem de Érico Veríssimo, já nasce Ana Terra...
"A falta de Erico Verissimo
Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.
Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça que tarda
- como tarda!a clarear o mundo.
Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.
Falta um solo de clarineta. "
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Ontem foi dia de "função"...
Ontem foi dia de queimar cerâmica... quem queima à lenha sabe do que estou falando...
E dia de "função" e começa cedo. É hora de colocar todas as peças no forno. O Mig é craque em fazer estas pilhas.. Separar a lenha e aguentar, até o forno esquentar: a fumaça...
Mas logo esquenta, o fogo pega ... o dia todo aquele cheirinho gostoso de lenha queimando... aquele calorzinho gostoso no ateliê. É dia de passar o "dia" lá, em roda do fogo (...Perto do fogo, como faziam os hippies... perto do fogo, como na Idade Média... - Cazuza)... trabalhando em sossego. Até os cachorros estão acomodados perto do calor. Na boca da noite... um cheiro diferente no ar... é o fogo fazendo a sua parte... agora ele é que comanda, lambendo o barro para que ele se torne cerâmica. O fogo mais intenso... as brasas brancas... Pelas aberturas do forno vamos controlando... mais fogo na frente... mais no fundo. E... lentamente vêem surgindo, do breu inicial, silhuetas vermelhas... alaranjadas... são minhas bonecas. É emocionante vê-las lá dentro sob o poder do fogo... agora elas são dele... A magia da cerâmica se realizando. É noite e pelas frestas podemos ver o forno iluminado... tudo pronto. Baixam as labaredas e permanecem as brasas, vivas... brancas... A cerâmica está queimada. Depois de quase doze horas de "função", estamos cansados, cheirando a fumaça... felizes. Às vezes penso na tranqüilidade de um forno elétrico, com termostato... Mas e a fumaça??? a fuligem... e a"função"??? Desisto.
O bom é a "função"...
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Dia da Consciência Negra
Um pouco atrasada... estava sem computador... não posso deixar de prestar minha homenagem aos jovens que frequentam meu ateliê e que comigo formam o "Grupo Cerâmica Valongo"
"A cultura afro-brasileira tem mais de mil anos em sua origem. Trazida para o Brasil por mais de 12 milhões de pessoas de 250 diferentes tribos, influiu no nosso idioma, comportamento, fé, hábitos, ciência, culinária e, principalmente, na nossa formação genética. Todos nós temos raízes negras: somos mestiços direta ou indiretamente. Devemos honrá-las, reencontrá-las e nos orgulharmos dela."
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Esse era o tio Juvêncio...
Dia da Bandeira
Hoje, quando me dei conta que era o dia da Bandeira me passou um filme... a correria nos corredores do CENAV, íamos ensaiar o hino no auditório, sim... isso mesmo. A gente aprendia a cantar todos os hinos... da Independência, da Proclamação da República, da Bandeira... do Marinheiro... Eu acho todos lindíssimos. E lá íamos nós, num alvoroço.
No auditório, ao piano, nossa professora de música... Isto mesmo, piano, escola.... estadual.
Nós adorávamos e depois... no pátio, a plenos pulmões, soltávamos a voz.
Houve um período em que éramos contra, aquele período em que somos contra tudo...
Mas, no fundo, sempre gostamos. Era pura diversão, cantar bem alto e emocionados... hinos.
Não sei se cantar hinos era imposição do "regime", a tal da Ed. Moral e Cívica, isto não nos importava...
E se, como hoje o céu estivesse este azul anil e o sol brilhasse...
Meu Deus... como era bom... era tri-bom!
E falando em hinos, Pátria e poemas... fica aqui uma homenagem a um tio-avô muito especial... meu Tio Juvêncio, das revoluções, do cabelo branco, do cavalo a galope e das poesias declamadas com um patriotismo que só vi nele...
No auditório, ao piano, nossa professora de música... Isto mesmo, piano, escola.... estadual.
Nós adorávamos e depois... no pátio, a plenos pulmões, soltávamos a voz.
Houve um período em que éramos contra, aquele período em que somos contra tudo...
Mas, no fundo, sempre gostamos. Era pura diversão, cantar bem alto e emocionados... hinos.
Não sei se cantar hinos era imposição do "regime", a tal da Ed. Moral e Cívica, isto não nos importava...
E se, como hoje o céu estivesse este azul anil e o sol brilhasse...
Meu Deus... como era bom... era tri-bom!
E falando em hinos, Pátria e poemas... fica aqui uma homenagem a um tio-avô muito especial... meu Tio Juvêncio, das revoluções, do cabelo branco, do cavalo a galope e das poesias declamadas com um patriotismo que só vi nele...
"Salve lindo pendão da esperança,
Salve símbolo augusto da paz..."
Salve símbolo augusto da paz..."
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Meu escritório... final de uma tarde ensolarada...
" a inspiração vem de onde? pergunta prá mim alguém...
respondo... talvez de Londres
de avião, barco ou ...
vem com você neste trem...
nas entrelinhas de um livro...
nas veias de um coração...
vem do amor...
vem do riso!!!!
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Um pecado... a gula. Uma virtude... a amizade!
A minha amiga Vera que me desculpe, mas hoje também matei a saudade da infância.
Acordei... feriado... só eu em casa. Amigos, me socorram ! Estou me sentindo sozinha.
Meu caminho é o Engenho do Sertão. O engenho da Rô...
E tinha sol... chimarrão e até um friozinho fora de época.
E papo vai, papo vem, descubro que para o almoço tem...
Bife de fígado, me perdoem os vegetarianos... mas amo ...
Já me convidei...
Por que só quem conhece a cozinha da foto sabe que é inevitável... temos que almoçar.
Agora, além a dose de amizade e aconchego que aquele engenho sempre teve...
temos uma amiga cozinheira que é simplesmente demais........
Zane... este anjo do Engenho do Sertão.
Transforma simples almoços em grandes confraternizações...
falamos, rimos, brincamos, desabafamos...
e o melhor...
Comemos muito bem.
Ter amigos prá onde correr... uma mesa para confraternizar... um fogão à lenha aceso.
Ora, é preciso mais?
"Amadurecer deveria ser requintar-se na busca da simplicidade." Lya Luft
domingo, 11 de novembro de 2007
Oração da criança.
Jesus, hoje quero pedir-lhe uma porção de coisas, porque eu sei que você escuta sempre a oração dos pequeninos.
Veja Jesus,eu sou ainda uma criança, mas faça que eu cresça e seja gente de verdade, como mamãe e papai.
Que eles sejam muito felizes; que eu os ame sempre, seja um filho obediente, e um dia, grande e bom como eles.
Proteja meus professores, pois me ensinam tanta coisa bonita.E eles me falaram que um dia você disse: Deixai vir a mim os pequeninos.
Jesus, hoje quero pedir-lhe uma porção de coisas, porque eu sei que você escuta sempre a oração dos pequeninos.
Veja Jesus,eu sou ainda uma criança, mas faça que eu cresça e seja gente de verdade, como mamãe e papai.
Que eles sejam muito felizes; que eu os ame sempre, seja um filho obediente, e um dia, grande e bom como eles.
Proteja meus professores, pois me ensinam tanta coisa bonita.E eles me falaram que um dia você disse: Deixai vir a mim os pequeninos.
Então Jesus acolhe em seus braços a mim, todos os meus coleguinhas e as crianaças do mundo.
Amém.
Amém.
Recebi esta oração e acheia a cara dos meus netos...
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Amo de paixão esse "Quintana"
Bruxas de Pano
As bruxas de pano
tão maternalmente embaladas
pelas menininhas pobres,
são muito mais belas
do que as bonecas suntuosas
como princesas
-Orgulho das vitrinas...
Essas humildes bruxas de pano
com seus olhinhos de conta
suas bocas mal desenhadas a tinta
são muito mais belas
porque mais amadas.
Mário Quintana-A Cor do Invisível-1989
As bonequinhas da foto são de meninas lá do Valongo... Sertão do Valongo...
domingo, 28 de outubro de 2007
É domingo e tem silêncio...
Uma das lições da minha mãe que nunca esqueço é a de que devemos ter "vida interior"
um remédio contra a solidão...
Eu, mãe aos 17 anos... e avó aos 38... há muito tempo não sei o que é ficar sozinha... Estou sempre rodeada de sons, chamados, choros, risadas... crises de tosse na madrugada... de xiliques adolescentes...
De repente acordo... é domingo e estamos sós...
Ninguém me chamou... ninguém reclamou que não tem pão para o café...
Nos olhamos assustados... estamos sós...
Podemos namorar sossegados, dormir até mais tarde...
Agora somos nós dois... esta dupla que já é quase um só.
E não de novo... como muitos casais...
Quando casamos já tínhamos um cachorro e uma criança...
Já nascemos família.
E aí vem outro sábio ensinamento:
Tenha mais que uma marido, um companheiro...
dividam sonhos... expectativas...
caminhem separados, mas lado a lado...
Cresçam... mas de mãos dadas
Por que quando a poeira baixar... os filhos cuidam dos netos...
o silêncio retorna...
e teremos tempo para muitas coisas...
namorar, sonhar, refazer alguns projetos... mas principalmente vamos "bater altos papos"...
Como velhos amigos que somos...
sábado, 20 de outubro de 2007
... " aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha "...
Rumo a Passo Fundo/RS para cuidar da minha mãezinha ( ele é realmente pequenina) que está doentinha... e quem não gosta de chamego quando está de cama... lá vou eu dar carinho prá esta criaturinha tão importante na minha vida...
Até a volta...
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda." Cecília Meireles
...seria uma calça velha, azul e desbotada...
... uma casinha de brinquedos...
... prosear no portão da casa...
... reunir filhos amigos e amigos filhos...
... uma piscina nos fundos de casa...
... uma praia prá correr...
Ou nada disso...
ou tudo isso!
terça-feira, 16 de outubro de 2007
... e a vida é assim...
Chove lá fora, descansando de um final de semana corrido... fui olhar minhas fotos (ai, minha máquina estragada....) tantas, tantas coisas, tantas lembranças...
A Conferência Latino Americana de Cultura Popular.... Brasília, setembro do ano passado. Foram, sem dúvida, os dias mais intensos de minha vida... Uma experiência que sonho em realizar novamente... ritos, danças, músicas do Brasil inteiro, todos no mesmo espaço... inesquecível... Entre tudo, o mais marcante foi meu encontro com este Senhor da foto, Mestre Mamulengueiro... sou gaúcha, sempre morei no Sul... e sempre fui apaixonada por mamulengos... fiz bonecos de todos os materiais... nestas horas, queria tanto ser nordestina, confesso ( não interpretem mal minha inveja), mas o universo dos mamulengos sempre foi um encantamento...
Pois bem, nesta conferência, no exato dia do meu aniversário, conheci este mestre e sua arte... desabei a chorar... mas chorar como criança que ganha um presente...
Coisas de quem se encanta..
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
"Os escritos são laços que nos unem na simplicidade do sonho... são momentos."
Do silvarosamaria.blogs.sapo.pt, achei lindo...
Escrever aqui tem sido uma experiência muito rica... estar sempre procurando algo a dizer...
ler e querer repartir...
muito bom...
Voltei hoje para casa... chove... uma ar de inverno meio fora de época...
Dando uma navegadinha em blogs interessantes,
lendo, relendo...
"encantando".
Um sonzinho no fundo (Wagner Tiso - Cenas Brasileiras)
Uma sopinha quentinha...
Não tem como não ser feliz...
Tenhamos todos uma semana maravilhosa...
Com a chuva lavando todos os cantinhos empoeirados da nossa existência
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Nossa casa...
Nossa casa... é incrível como nos ligamos à nossa casa...
Três dias fora e já dá saudades...
e a sensação de acolhimento quando voltamos?
É o nosso habitat, tem o nosso cheiro...
o nosso sabor, a nossa cara.
Adoro minha casa, cada cantinho, cada luz e cada sombra.
De manhã o sol no quarto, em cima da cama
De tarde, é a cozinha acolhedora...
De noite, sombras e penumbras, silêncio chegando...
Ler só com o abajur...
no castelo dos meus netos, ou seja, debaixo de mosquiteiro branco.
Dormir...
*-*-*-*
"A casa de Maria é alta
e clara.
Não a projetam arquitetos,
construtores não a fazem.
O traço no papel
o concreto, o aço dos volumes
são circunstâncias alheias
à criação.
Maria cria sua casa
como o pássaro cria seu vôo
clarialto..."
C. Drummond de Andrade
domingo, 7 de outubro de 2007
"Bem, se cultura popular é tudo aquilo que o povo produz material ou intelectualmente... hoje quero falar de Cultura Popular...
Todo ano, tenho a honra de conviver por alguns dias (Obrigada, Zezinho) com pessoas muito especiais... Mulheres fazedoras de cultura popular: são três pares de mãozinhas mexeriqueiras...
"Trabalhando ao meu lado, D. Etelvina, bonequeira, figureira...
fazedora de bonecos... santos, carros de boi... namoradinhos que se beijam na cerca. Um infinidade de personagens... Com ela,
humildemente, aprendo muito desta nossa arte de "bonequiar" com o barro.
Mulherzinha muidinha, amorosa... preocupada com o bem estar de todos, coisa de mestre. Mãos que modelam..."
"Mais adiante... escuta-se um barulhinho constante de "pauzinhos" que se batem... são os bilros da D. Zélia, incansável no seu rendar. Sempre pronta, disposta. Como ela mesma diz: "toda quebrada e colada novamente". A primeira a chegar, última a sair... Mãos que tramam..."
"E bem na frente, imponente, um tear secular e no seu comando: D. Izaltina. Tecelã, como todos na sua família, tranqüila, caminha devagar... Doce e macia como as mantas que tece. Mas esperta, atenta a tudo. Vaidosa, adora entrevistas e fotos. Mãos que tecem... "
Mulheres trabalhadeiras que, uma vez por ano, se reúnem para modelar, tramar e tecer, num ato atávico, fazendo e refazendo o que faziam seus antepassados. Fico orgulhosa de estar lá, bem quieta, ao lado delas... ouvindo, vendo, aprendendo e rindo muito da alegre doçura destas três mulheres.
Outro dia, falo do S. Zico do Engenho de Farinha... outra criatura deste mundo popular...
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Vamos passear ... brincar de trabalhar...
água e espaço de minha oceania"
Pablo Neruda
Daqui parto para qualquer porto...
do meu porto ateliê...
meu belo porto...
para todos portos que me esperam...
Marejada... lá vou eu...
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Adoro Setembro...
Adoro setembro...
Primeiro... já está esquentando.
Adeus inverno!
Depois,
sou ainda uma sobrevivente...
daquelas que adora Sete de Setembro...
marcha... banda...
Ah! minha escaleta na banda do Instituto Educacional...
Sou de uma escola que nos dava orgulho...
Depois, tem meu aniversário, não curto festas...
Mas gosto saber que ganhei mais uma ano,
E tem a primavera...
com suas flores...
seus cores e seus cheiros...
É a cidade se movimentando...
Um vento mais quente,
um prenúncio do verão.
Adoro setembro....
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Era para falar das flores e da primavera...
Um passeio com Maiakovisky
Na primeira noite
Na primeira noite
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz
da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
"Maiakovisky" - poeta russo que escreveu o poema acima ainda no início do século XX
O assustador é que, após mais de cem anos dessa lição, ainda nos encontremos tão desamparados, submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos ...
Mas... o direito à palavra...
Este ainda temos...
Façamos uso dele!!!!!!
Espero passar o "amargo" que estou sentindo ... e amanhã falar das flores.
sábado, 8 de setembro de 2007
" Pessoas mais que especiais..."
"A escrita é uma coisa, o saber outra. A escrita é uma fotografia do saber, mas não o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem..." Tieno Bokar
Existem pessoas tão especiais que, simplesmente, fazem parte da nossa história...
Esta aí é a D. Terezinha, para todos nós:
a nossa Tata.
Que cuidou da Aline... trazendo milho verde,
comprando bonequinhas...
que financiou o cigarro do Kid, muito tempo...
Pessoa mais que especial para nós..
Ali, de papo furado com sua neta postiça:
a filha da Aline... a Sofia.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Meu belo, meu Porto...
exigimos tanto,
queremos tanto,
trabalhamos tanto.
E a vida passa...
e passa a pé,
de bicicleta...
de carro zero.
Mas sempre passa.
E é linda...
e é nova
nova e anda nua (ô, Mario Quintana)
Vamos nós vestir a roupa que quisermos
ou deixá-la nua...
Curtindo este Sol...
Este final de tarde.
Com a bicicleta e a família
voltando prá casa...
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