quinta-feira, 24 de abril de 2008

Curtindo...


Acampando no pátio de casa...

e... trabalhando, estudando, cuidando, ensinando

limpando, cozinhando, passeando, rindo, resmungando

brincando, lavando, passando, modelando, queimando

ouvindo, falando, pedalando, dormindo

caminhando, sussurando, gritando, escrevendo

comendo, bebendo, sorrindo, ralhando, pintando, bordando

tricotando.... amando, segue a vida

sua linha nos levando.

Bom, mais que bom...

Curtindo....

Vivendo.

domingo, 13 de abril de 2008

Estamos comemorando 10 anos...












O Instituto Boimamão comemora dez anos e estamos festejando...
Neste domingo de casa cheia: amigos, colaboradores, nossos jovens e crianças.
O fruto das oficinas, das rodas de histórias, dos encontros... Uma reunião de "todos."
O "Engenho do Sertão" recebeu o "Sertão do Valongo." Olhos atentos ao Boi de Mamão, essa novidade e mais, a ...
Vera... tecendo
Zane... cozinhando
Fernanda e Nadir... no bijú
Patrícia... modelando
e a Rô... recebendo a todos.
Assim é o Instituto Boimamão, mais que uma instituição, uma grande paixão por cultura popular.




sábado, 12 de abril de 2008

Nossas paredes...


Não gosto de paredes vazias... de espaços vazios...
Gosto de tudo pendurado, exposto...
Do tipo, é prá ver.
Na minha casa estão expostos:
bilhetes que meus filhos adoravam me mandar, quando crianças, cheios de erros de grafia e de desenhos interessantes... Agora, os dos netos.
Flores secas ou de plástico... que ganhei em algum dia especial... Fotos e mais fotos, brinquedos que acho legais... Santinhos, fitinhas...
Latas, latinhas. Caixas, caixinhas... Cestas.
No meu ateliê, tudo... esboços, peças inacabadas. Frases... as palavras tem poder!
Enfim, tudo à vista.
Por isso, amei o quarto da foto acima, duas jovens que declaram suas paixões nas paredes do quarto.
Adorei...

terça-feira, 8 de abril de 2008


Com a proteção da Nossa Senhora Aparecida...
sob o olhar dengoso do Bichano...
entro e saio de casa
sem tempo prá nada,
juro...
não estava mais acostumada.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A escola que temos...


As aventuras de uma professora de escola no mundo novo da escolinha...


Até pode parecer satírico, mas não é essa minha intenção, estou realmente num mundo novo e diferente daquele que minha prática educacional estava acostumada. Vinte seis anos se passaram, este é o tamanho da minha caminhada na educação... Muita coisa aconteceu, muitas mudanças... algumas já incorporei, mudanças que percebi na escola dos meus filhos, agora, na dos meus netos. Novamente estou na escola, trabalhando "Arte e Folclore", de uma forma lúdica, como deve ser, mas no ambiente escolar.


A mudança que mais me chama atenção é que a escola, muitas vezes, passa a ser a escolinha e a professora, a tia... Nada de muito grave, a princípio, mas diminutivos são sempre perigosos e a tia... é a irmã dos nossos pais, não uma profissional que estudou e se esmera todo dia no ofício de ensinar. Isso não é novidade... eu sei, mas muito da nossa autoridade de profissionais da educação esvaiu-se por aí.


As escolas hoje são mais alegres, mais enfeitadas, mais agradáveis ao olhar, sem dúvida... mas não são o segundo lar das crianças. O segundo lar deles, é a casa dos avós... ou outra que sua família assim entenda. A escola não deve assumir esta função, lembremos, ela é um educandário. Deve ter todas as características citadas acima, mas nela se ministra educação.


É complicado, num tempo em que as crianças passam o dia todo na escola, muitas vezes é ali que estudam e que brincam... Foi-se o tempo que a criança brincava em casa, no pátio, na casinha da árvore... e olha, eu falo de cidadezinha, sem as características de grande centro, mas aqui as mães também precisam trabalhar.


Me parece que estabelecer este limite entre o brincar e o estudar é o mais difícil. Sim, a escola tem que mudar, ir se adequando a novas exigências sociais, mas a educação precisa recuperar o sentido, a razão de ser, o sentido original do termo. No latim, educar significa algo como "conduzir para fora", ou seja, desenvolver as potencialidades do ser humano.


Me parece que, de forma corajosa e adulta, devemos assumir que o papel da escola é da escola e o papel de pai é do pai e, antes de ensinar valores aos filhos e alunos, os pais e a escola precisam ter clareza de quais são seus próprios... Queremos formar cidadãos, temos que agir como tais...